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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

ASSASSINAMOS NOSSOS RIOS



Por Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e revisor, Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA, com 35 anos de trajetória, cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras.


Dia 24 de Novembro é o Dia do Rio. Nada tão oportuno. Este é um dia que deveria ser mais divulgado, para lembrarmos que precisamos proteger nossos rios, ao invés de poluí-los, de envenená-los, de matá-los.
Já existem muitos rios mortos por esse mundo afora, como o Cachoeira, de Joinville, como o Rio Doce, em Minas, que foi assassinado agora, bem recentemente, junto com cidades, peixes, pessoas, meio ambiente, tudo. E. com tamanho crime, o país se comporta como se fosse simplesmente uma fatalidade. Quando vamos acordar? Quando vamos entender que o rio é vida, que o ser humano não vive sem água, que tanto o reino animal como o vegetal precisam de água para sobreviver?
Há urgência não só em cuidar dos rios que ainda estão vivos, mas também em limpar os rios mortos, fazê-los renascer. Porque os rios é que fornecem a água para as nossas cidades, para as nossas casas. Se destruirmos os rios, ficaremos sem água. E sem água potável, não há vida para nós, seres humanos.
Então precisamos parar de jogar lixo nos rios, precisamos parar de jogar esgoto nos rios, tanto doméstico quanto industrial. As leis brasileiras precisam mudar e proibir a contaminação da água e da terra com metais venenosos, que acabam indo parar, mais cedo ou mais tarde, em nossos rios e, consequentemente, no mar.
Vemos esgotos de prédios e de indústrias desembocando nos nossos rios e ninguém faz nada. Nem nós, que deveríamos exigir que fossem tomadas providências, nem o poder público, que deveria coibir tais práticas.
E não é só isso que mata nossos rios. O agrotóxico usado na agricultura escorre para os rios e os contamina. A criação de animais, da agropecuária, quando não trata os rejeitos adequadamente, também contamina os rios, pois tudo acaba sempre escorrendo para um deles. Mas há que se coibir a contenção de rejeitos de mineração com produtos químicos e metais, seja aonde for, riscos desnecessários rondando nossos rios e cidades.
E precisamos começar por nós, em nossas casas, pois mesmo o lixo comum, que acumulamos todo dia, jogados no rio, ou no riacho, acabam colaborando para matar um pouquinho nossos rios.
Há que reflitamos sobre o nosso tratamento aos nossos rios, melhor dizendo, nosso descaso e desrespeito. Se não nos conscientizarmos urgentemente de que devemos preservar nossos rios, não teremos mais água amanhã. O tempo está correndo e temos pouco tempo. Nossos rios pedem socorro. E eles são o nosso socorro. Sem eles não vivemos. Sem água não vivemos. Então eles precisam viver. Precisamos de rios vivos para podermos viver. O futuro sem água não existe.

3 comentários:

  1. Belo e oportuno artigo. Havia lido cedo na ZERO HORA. Vim aqui à procura para publicá-lo em destaque hoje na minha Revista ALMANAK - www.paulotimm.com.br . Será posta daqui a pouco. Cumprimentos!

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  2. Precisamos falar, gritar, educar cada brasileiro que se tenha oportunidade, mostrar que a natureza está pedindo socorro o descaso e as mentiras dos políticos são revoltantes.
    Ótima crônica parabéns.
    Léah

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  3. Obrigado,meus amigos. Grande abraço.

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