Por
Luiz Carlos Amorim – Escritor, editor e
revisor - Fundador e presidente do Grupo Literário A ILHA,
com 35 anos de
trajetória, cadeira 19 na Academia SulBrasileira de Letras.
http://luizcarlosamorim.blogspot.com.br
Volto
sempre a Corupá, para rever algumas pessoas da família que
ainda moram lá e
para matar saudades. Também aproveito minhas idas a minha
cidade natal para
levar meus livros mais recentes para a Biblioteca Municipal e
para a biblioteca
do Grupo Escolar Teresa Ramos – o nome mudou, acho que é
Escola Básica, mas o
sobrenome é o mesmo - escola onde comecei a estudar, fiz lá o
primeiro grau ou
ensino fundamental. De qualidade.
E
aproveitava, ainda, para entregar minhas obras mais recentes à
professora
Elizabeth Voltolini, a minha primeira professora. Ela morava
bem no centro da
cidade, do lado da praça, que hoje está mudada, diferente,
meio futurista
demais para a nossa Corupá. E eu ia lá bater a sua porta e ela
me atendia, com seu
sorriso meigo e doce. E sempre lia meus livros, apesar da sua
idade avançada.
Isso confirmado pela sua filha, comprovado com fotos.
Pois a doce
professorinha de Corupá, aquela gigante na arte de ensinar,
uma profissional do
ensino das mais competentes , das mais capazes que eu conheci
em toda a minha
vida, se foi. E deixou uma saudade enorme, uma saudade imensa
que faz com que
Corupá, a Cidade das Cachoeiras, o Vale das Águas, tão bela e
tão serena, fique
triste e melancólica, com a ausência da sua professora mais
ilustre, com a
ausência da simpatia, da generosidade, do carisma de dona
Elizabeth.
Voltar a
Corupá não é mais a mesma coisa. É triste, é dolorido, pois
dona Elizabeth não
está mais lá. Vou continuar vistando minha terra, mas sempre
vai faltar um
pouco de ternura e sobrar um pouco de tristeza, quando chegar
à Cidade das
Cachoeiras, ao Vale das Águas.
A verdade,
felizmente, é que não há só tristeza, pela falta da
professorinha. Há também
orgulho, um orgulho imenso por ter sido alfabetizado pela
grande professora que
sempre foi dona Elizabeth. Foi com ela, também, que aprendi a
gostar de ler e
escrever foi uma consequência. E muitos outros corupaenses
tiveram o privilégio
de serem ensinados por ela e certaemente sentem o mesmo
orgulho que sinto. E
esse orgulho e o carinho que sentimos é o nosso tributo a ela.
A
professora Elizabeth é um dos maiores patrimônios da nossa
belíssima Corupá, um
exemplo de como se faz educação de qualidade neste nosso
Brasil. E ela
continuará presente nesta terra abençoada, enquanto estiver
viva na nossa
lembrança e em nossos corações. E isso é para sempre.
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