COMENTE

Sua opinião é importante. Comente, critique, sugira, participe da discussão.



quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

QUINTANA, AS BORBOLETAS E NÓS

Por Luiz Carlos Amorim - Escritor - http://www.prosapoesiaecia.xpg.com.br/

Numa Feira de Rua do Livro de Florianópolis, há algum tempo, encontrei lançando um livro dela, a terceira edição do infanto-juvenil “A Vitória de Vitória”, a minha amiga escritora Urda Alice Klueger, uma das maiores representantes da literatura catarinense, romancista e cronista de sucesso comprovado.
Estávamos autografando nossos livros no mesmo horário, embora em estandes diferentes. O livro de Urda é uma bem sucedida incursão dela no gênero infanto-juvenil, ela que tem vários romances publicados, alguns já considerados clássicos da literatura de nosso estado, como “Verde Vale”, “No Tempo das Tangerinas”, “Cruzeiros do Sul”. O meu era um volume de crônicas, “Saudades de Quintana”, uma homenagem ao poeta maior, pela passagem do centenário do seu nascimento.
Até aí, nada em comum. O que descobrimos, uma tremenda coincidência, é que uma máxima de Quintana, que eu usei na página de dedicatória do meu livro em lançamento foi exatamente a mesma que Urda usou na referência de uma crônica belíssima, como citação, lá embaixo do título, antes de começar o texto. A crônica era inédita, recém escrita, e ela a tinha na bolsa, ainda manuscrita. Queria lê-la para nós em primeiríssima mão e o fez em plena efervescência da feira do livro. A máxima de Quintana que nós dois usamos é esta: “O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim, para que elas venham até você...”
A crônica de Urda, linda, cheia de poesia como só Urda sabe fazer uma prosa, falando de borboletas, de amor, de jardim e de flores, de emoções e sentimentos, vocês já devem ter lido, provavelmente, que ela foi publicada em vários lugares.
Mas nada é igual a ouvir na própria voz da autora uma das melhores crônicas que ela já escreveu. É um privilégio único, que não posso dividir com vocês, infelizmente, ouvir a interpretação do texto pela própria autora, impregnada de emoção e de paixão. Apenas Eliane Debus e Eloí Bocheco, que estavam conosco, naquele momento é que também puderam usufruir.
O poeta está no andar de cima, poetando em companhia de Coralina, Pessoa, Cruz e Sousa, mas continua vivo aqui, através da sua poesia, emocionando e inspirando a todos nós.

Um comentário:

  1. Amorim
    Adooooro essa máxima do Quintana e vire e mexe a utilizo. Essa emoção vivida por vc é indescritível...Já tive essa oportunidade algumas vezes e confesso...choro sempre!
    Abraços mineiros
    Regina
    www.toforatodentro.blogspot.com

    ResponderExcluir