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quinta-feira, 2 de julho de 2009

LIVROS & LIVROS: QUEM QUER PUBLICAR?

Por Luiz Carlos Amorim (Escritor – Http://br.geocities.com/prosapoesiaecia )

Li, numa edição dessas revistas semanais de informação, a matéria “Quer publicar seu livro?”, sobre a implantação, no Brasil, da confecção de livro sob demanda, isto: o livro só é impresso quando alguém comprar. Isso já existe em outros países, mas no nosso país é a primeira iniciativa: o escritor cadastra o seu livro no site “editora-loja virtual”, (editado, claro, pois o sistema só aceita a inscrição se a edição estiver de acordo, imagem da capa exatamente do tamanho solicitado e assim por diante, tudo como o programa exige, senão não processa – tem as suas falhas, como não ter configuração para colocar o título do livro e nome do autor na lombada, mas funciona) e ele imediatamente estará disponível para compra no Clube dos Autores (www.clubedeautores.com.br).
Muito prático, uma grande oportunidade para o escritor que não consegue uma editora para a sua obra. Outro senão, é que o livro não passa por nenhuma análise, tudo é feito pelo autor, pois ele vai ser publicado do jeito que for cadastrada.
Mas há um pequeno-grande detalhe: o custo final para o leitor fica um pouco alto. É certo que o autor não tem nenhuma despesa, não precisa pagar nada, a não ser que queira comprar o livro pronto. Ele coloca o seu livro lá e espera que seja vendido. Se vender, recebe os direitos autorais, que ele mesmo estipula, depois de alcançado um determinado valor.
Eu fui lá colocar livros meus para ver como funcionava e achei muito caro o preço final, por exemplo, para um livro de noventa e duas páginas: trinta e dois reais e oitenta e nove centavos. Mais a despesa de remessa, sai por quase quarenta e cinco reais. Mas é uma opção de ter o livro publicado.
A matéria na revista faz pensar que o preço final do livro, para o consumidor, é menor do que aquele das “publicações convencionais”. Como vimos não é. Mas é um recurso que está à disposição e podemos lançar mão dele.
Com esta opção, o leitor compra o livro e o recebe em casa, impresso em papel, o livro como o conhecemos, da maneira tradicional. Coincidência ou não, vejo num jornal uma matéria mais recente sobre o site Bookess, daqui de Florianópolis, que é, ao mesmo tempo, livraria, editora e biblioteca virtual. O escritor que quiser colocar o seu livro on-line, à disposição dos leitores, sem custo nem para ele nem para os leitores, deve acessar www.bookess.com.br , cadastrar-se e seguir as instruções para mostrar sua obra.
É claro que ler na tela do computador não é a mesma coisa que folhear um livro impresso em papel, mas a gente vai se adaptando. Até eu, que não tenho olhos muito bons, já comecei a fazer isso. Pelo depoimento de quem já disponibilizou seu livro no site, há quem tenha muito ibope. Uma das autoras que está no Bookess afirma ter tido milhares de acesso em um de seus livros.
Não dá pra negar que é um bom começo. Além de publicar a própria obra, o escritor cadastrado tem acesso a todo o acervo do site, caso se interesse em ler. E não é raro o escritor que publica lá e em decorrência disso acaba conseguindo publicar o livro em papel impresso, tão desejado por todos que escrevem. Uma audiência grande de um livro pode fazer aparecer patrocinadores, uma editora interessada, até leitores que se comprometem a comprar o livro e assim viabilizam a edição do formato tradicional.
Não que o livro virtual vá ameaçar os impressos, absolutamente. Mas uma coisa pode ajudar a outra.

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