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segunda-feira, 13 de julho de 2009

CANCELAMENTO DE PRÊMIO E LIVROS REDISTRIBUÍDOS

Por Luiz Carlos Amorim (Escritor – Http://br.geocities.com/prosapoesiaecia )

Tenho escrito sobre prêmios literários, ultimamente e volto ao assunto porque aconteceu uma coisa que me chamou a atenção, nesta semana que passou. Os jurados do concurso Cruz e Sousa, aqui da nossa bela e Santa Catarina, que pelo menos nesta iniciativa está empregando bem os nosso rico dinheirinho dos impostos, dando oportunidade a novos escritores da terrinha de chegar até o público leitor, cancelou o prêmio dado ao terceiro lugar da categoria nacional, porque o autor havia publicado partes do obra na internet antes de sair o resultado. Acho justo. Se é para a obra ser rigorosamente inédita, uma vez concorrendo, precisamos cuidar e atentar para concorrer sem problemas. De maneira que não há mais terceiro lugar.
E mudando um pouco, lá vou eu bater na mesma tecla já batida tantas vezes. O livro do Cristóvão Tezza, do qual foram comprados milhares de exemplares, pelo governo do Estado “para distribuir aos alunos do segundo grau” (que boazinha, essa Secretaria de Estado da Cultura) das escolas públicas catarinenses, tinham sido recolhidos, pois descobriu-se, depois de feita a compra e distribuídos, que continha linguagem imprópria para aquela faixa de idade, lembram-se?
Pois li notícia, nos jornais, no último final de semana, divulgando que os referidos livros foram redistribuídos às bibliotecas municipais de todo o Estado. Acho ótimo que o livro tenha ido reforçar o acervo das nossas bibliotecas. Mas cento e trinta mil exemplares para duzentos e algumas bibliotecas? Não vai entupir algumas delas com tantos exemplares de um mesmo livro? Cá pra nós, acho que cerca de seiscentos exemplares de um mesmo livro para uma biblioteca, principalmente para uma biblioteca pequena, de uma pequena cidade catarinense, é um pouco de exagero. Se fossem seiscentos livros distintos, diferentes um do outro, tudo bem, seria um enriquecimento notável para qualquer biblioteca.
Mas enfim... É o dinheiro do contribuinte, mesmo, para que comprar seiscentas obras distintas para diversificar o acervo de todas as bibliotecas municipais, se podiam comprar exemplares do mesmo livro e beneficiar uma mesma editora, apenas um autor, e sei lá mais quem?
E viva a cultura “oficial”. Enquanto isso, o Edital da Fundação Catarinense de Cultura abriu (e fechou) no mês passado para a seleção de 10 (dez) obras para distribuição às bibliotecas municipais de Santa Catarina. Mas serão comprados apenas 300 (trezentos) exemplares de cada obra selecionada, pela metade do preço de capa. Quer dizer: um exemplar, apenas, de cada livro, para cada biblioteca.
Nenhuma diferença perceptível, não é mesmo?

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